sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ê Drummond !

mas eu sei quanto me custa
manter esse gelo digno,
essa indiferença gaia,
e não gritar: Vem, Fulan
o!

ê Macabéa !

- Ai, Glória, por favor, você me dá uma aspirina?
- Mas por que você me pede tanta aspirina, Maca? Não é pelo dinheiro não, mas pode fazer mal!
- Para eu não me doer!
- Hã??
- Para eu não me doer. É dentro.

ê Almeida !

Tenho um amigo, vamos chamá-lo de Almeida, que é um amor de pessoa. Gosto muito dele e sábado telefonei pro rapaz, convidando-o para um agradável colóquio durante a refeição vespertina:
- Ô Almeida, tá afim de almoçar comigo lá no shopping?
- Ah, quero sim.
- Pois então eu passo aí, falou?
- Falou.

Toco a campainha e ele atende a porta com um sorriso de orelha a orelha.
- Almeida?
- heheheeh...
- Almeida, pela hóstia sagrada, que diabéisso?
- Gostou?
- Almeida, isso é um... bigode?
- Legal, né?
- Pelamordedeus, Almeida...
- Que foi?
- Cara, tira isso... é muito feio...
- É bonito.
- É feio...
- É bonito.
E para comprovar sua tese, lá vem ele com um CD do Chico Buarque para me mostrar:
- Olha só, o Chico já usou bigode. Agora diz que ele está feio.

Queridos, isso nos leva a um ponto crucial desta explanação.
Repitam comigo:
Eu não sou o Chico Buarque.
Eu não sou o Chico Buarque.
Eu não sou o Chico Buarque.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ê Chaplin !

Quando me amei de verdade parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo o que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse pra baixo, de inicio minha razão chamou essa atitude de egoísmo, hoje sei que se chama amor próprio.

ê Caio F !

Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada.

ê Caio F !

Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.

ê Caio F !

E vamos levando, se ficar heavy metal demais, dou o fora.

ê Machado!

Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito.

ê Ana!

Tenho ainda muita coisa pra arrumar, promessas que me fiz e que ainda não cumpri, palavras me aguardam o tempo exato pra falar, coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...